BALÕES DA “TURMA LEANDRO” BRILHARAM NA
NOITE DE S. JOÃO DO PORTO/2013
Chama-se Leandro
Arruda Silva, é brasileiro e residente no lugar de São Caetano, concelho de Rio
Tinto-Gondomar, distrito do Porto. Baloeiro desde muito cedo ainda na
juventude, foi um dos fundadores da Turma Engenheiros do Ar no estado de São
Paulo no Brasil. Leandro explicou que “quando éramos crianças, sem ajuda
financeira para comprarmos o material do qual fazíamos os balões, era
complicado, mas mesmo assim soltávamos balões em quase todos os fins de semana.
Era muito bom acordar de manhã no domingo com um balão dos grandes e fogueteiro
no céu e dando bom dia. Já estou em Portugal a 14 anos e o primeiro balão que
fiz e soltei foi há 12 anos atrás, um exemplar modelo CAIXA de 32 folhas que o
pessoal aqui nunca tinha visto por ser tão grande.”
Os balões de
Leandro ainda são feitos só por ele, mas já vão se destacando no céu da região
do Porto na época dos santos populares, nesse caso o São João do Porto e outras
ocasiões também. No lançamento já conta com a ajuda da família e amigos.
Ultimamente também tem feito parceria com a Turma Arte Invicta do Porto com
Marcos Gusmão, do qual se encontram para lançar em conjunto vários balões.
Apesar de estar
em Portugal há 14 anos e residindo em Rio Tinto, Leandro até agora ainda não
teve oportunidade de conhecer e viver a grande noite do São João do Porto. “É
muito complicado para mim, pois nesse dia tenho o aniversário da minha filha e
durante a noite o São João continua com a visita de amigos de Viana que vem cá
passar o dia e pela noite juntam-se também os familiares da minha mulher. Assim
sendo, parece que estou confinado a não participar da mais tradicional festa de
São João do mundo, pelo menos enquanto ainda forem muito jovens.”
Em contrapartida,
os balões de Leandro vão sendo lançados em Rio Tinto-Gondomar e este ano muitos
deles iluminaram o céu em várias noites, conforme constatam as imagens
postadas.
Leandro ainda
manifestou que a tradição do balão que geralmente passa de pai para filho, no
seu caso foi se aperfeiçoando e transformou-se numa pequena forma de fazer
arte. “Aqui em Rio Tinto posso informar que há várias gerações que os pais
deixaram de ensinar essas brincadeiras para os filhos e digo isso porque, para
além de soltar balão, gosto muito de empinar papagaios artesanais aqui perto da
minha casa e várias pessoas vem ter comigo pela curiosidade de ver um papagaio
no céu, pois hoje em dia já vai sendo raro ver essa prática por aqui. Quanto ao
balão, aqui só mesmo no São João e os nossos que voam de vez em quando. No
Brasil, quase tudo é positivo em relação a essas tradições. No caso dos balões,
hoje em dia é mais complicado por tudo que podem ocasionar no aspeto negativo…
mas há de haver sempre uma solução. Só um cego é que não tem noção do que são
os balões e o que significam para várias gerações que cresceram a soltar balões
e aprimorar técnicas e materiais que ainda são usados até hoje.”
Seguem imagens
dos vários balões lançados já neste ano.
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