S. JOÃO DO
PORTO/2013
A NOITE DE TODAS AS EMOÇÕES E… RECORDAÇÕES!
Agora, vamos recuar uns anitos e, assim, recordar
outras Festas de S. João do Porto. Falamos com gente que viveu e vive intensamente
os festejos, deixando-nos, de seguida, os seus testemunhos. Há, realmente,
coisas verdadeiramente interessantes relatadas porAntónio Fernandes,
responsável pelo Rancho Folclórico do Porto, Júlio
Couto, historiador, e Maria de
Lourdes dos Anjos, nossa colaboradora, mas, neste caso, na qualidade de
escritora e que através das suas obras tem enfatizado o “nosso” santo
rapioqueiro.
ANTÓNIO
FERNANDES
(Rancho
Folclórico do Porto)
“O S. João do Porto representa, acima de tudo, uma
manifestação de alegria tripeira; o libertar de tensões; um convívio universal,
e uma demonstração que o povo é pacífico, porque o público junta-se nas ruas e
não é precisa polícia para manter a ordem. Nesse dia (24jun) o Rancho
Folclórico do Porto comemora o seu aniversário, o que fazemos sempre no Salão
Nobre da Junta de Freguesia do Bonfim, e também espetáculos em diversos pontos
da cidade”.
S.JOÃO/INSTITUIÇÃO – “O S. João do Porto está,
praticamente, institucionalizado, porque ele é conhecido em muitas partes do
mundo. Agora, deve, efetivamente, haver uma maior internacionalização da Festa
através dos serviços camarários, porque a nível nacional… nem pensar nisso! Os
senhores do poder só pensam em Lisboa e o resto é paisagem. A nível do Porto
devia fazer-se uma maior divulgação do evento.”
S. JOAO/ ATUAL – “O S. João do Porto é isto! É o povo ir para a
rua a dar largas à sua alegria, a extravasar frustrações… é aquilo que há de
mais típico e de mais popular da alma do povo. Esta é a festa mais importante
do País! O S. João não é só festejado no Porto, mas o da nossa cidade é o que
atrai mais gente e mais manifesta a alegria.”
S.JOÃO/RECORDAÇÃO – “A recordação mais engraçada que
tenho do S. João do Porto foi a primeira vez que perdi uma noite fora de casa.
Eram já quatro da manhã e, com os meus amigos, esperei pelo nascer do dia. E,
depois, aquele contentamento de andarmos na rua, de darmos com o alho-porro!
Infelizmente, os malditos “martelinhos” substituíram o alho-porro. As tradições
são isso mesmo, mas perde-se ou vai perdendo-se a origem do seu nascimento.
Isso dos “martelinhos” surgiu numa Queima das Fitas, aqui no Porto, durante a
qual um senhor lembrou-se levar para o Cortejo os tais martelos e aquilo ficou
até aos nossos dias”.
S. JOÃO/ITINERÁRIO DA NOITE – “É ir às Fontainhas e à
Ribeira, ainda que, agora, a festa esteja espalhada por muitos locais da
cidade. Na freguesia do Bonfim, por exemplo, há comunidades que fazem o seu
próprio S. João. Enchem os seus balõezinhos, fazem os seus enfeites, põe música
gravada e organizam assim os seus bailaricos. O típico é o S. João das
Fontainhas… o S. João do Bonfim. Mas não foi sempre aí, porque o S. João:
antigamente, festejava-se no Bonfim, na Lapa e em Cedofeita. Esta é uma festa
que ninguém sabe quando começou, mas a primeira referência que há ao S. João do
Porto é feita pelo cronista de D. João I, Fernão Lopes. O rei veio cá ao Porto,
e o cronista escreveu que foi numa altura em que se fazia uma grande Festa na
cidade. Até nem se sabe porque se começou a utilizar o alho-porro, há muitas
histórias sobre isso! Há quem diga que é um símbolo fálico, devido às festas de
Dionísio. Há uma outra: no Porto houve um santo chamado João, isto no século
IX, e esse Santo morreu em Tuy e ele era protetor das doenças de garganta, e
como isso se curava com alhos e com cebolas, se calhar, em homenagem a esse
santo, passou-se por cá a usar o alho-porro”.
S. JOÃO/GASTRONOMIA – “O prato típico do S. João é o anho!
Agora, na noite, come-se muitas sardinhas e farturas. O anho come-se no dia,
mas na noite, é o café com pãozinho quente a sair das padarias. O anho come-se
no dia regado com um bom vinho, o tal que alegra o coração dos homens e das
mulheres. E para ornamentar, temos sempre o manjerico, assim como a cidreira.
Mas há um cheiro bem próprio do S. João: o das tílias. Das tílias que havia na
Avenida Rodrigues de Freitas. Para mim é o cheiro que marca o S. João. E depois
o alho-porro que tenho, de um ano para o outro atrás da porta, mas não por
superstição, e também se usava os cravos e as plumas”.
JÚLIO COUTO
(Historiador)
“O S. João
do Porto está ligado à minha ideia de Liberdade, ou seja, a primeira vez que
tive autorização para chegar tarde a casa foi, precisamente, no S. João, tinha
eu os meus quinze anos. Como residia, onde nasci, em Miguel Bombarda, a coisa
era fácil, porque o S. João começava ali pelos “Leões”. Num grupo de amigos,
levamos o alho-porro e lá íamos por aí abaixo. Saltávamos as fogueiras na Praça
à beira do “Cavalo”, subíamos a rua de Santo António, atual 31 de Janeiro,
íamos ao Bolhão buscar erva-cidreira. Voltávamos à Praça da Batalha e depois
rumávamos às Fontainhas. Era lá que estava o S. João. A gente fala muito do S.
João do Porto, e eu desafio a encontrarem uma imagem ancestral do S. João, como
acontece com a do Santo António, nos sítios públicos! O S. João foi aquela
coisa postiça que nos arranjaram, que é na Igreja para tapar o solstício de
verão e para, depois, os Almadas passarem o lustro no filho do rei. Então, a
única imagem de S. João a batizar Cristo estava nas Fontainhas, e nós tínhamos
que ir às Fontainhas. Além do mais, era do outro lado das Fontainhas, da
encosta de Gaia, que se lançava o fogo. E depois havia a cachoeira de fogo a
cair da ponte D. Luiz para o rio.”
S. JOÃO/RECORDAÇÃO - “O facto de constatar a liberdade que nós
dávamos a toda a gente, porque o S. João não tinha polícia na rua, e nem era
preciso! Por duas vezes recebi, no Porto, e, precisamente numa noite de S.
João, os “tops” da NATO. Andei com eles e respetivas mulheres, e enfiei-os na
Ribeira, para o “Fogo”, Eles começaram a olhar para aquilo, e diz-me um deles,
que, por acaso, era um almirante americano: “vocês têm isto muito bem
enquadrado!” Você vê aquele barquilho que está ali no rio? Pois, disse-lhes eu.
Está lá o primeiro-ministro, o presidente da Câmara do Porto e quando de lá
saírem vão levar porrada de criar bicho. Isto não é bater… é saudar as
pessoas!”Isto foi há dez, onze anos! O S. João era a liberdade de aproximação
de rapazes e raparigas…”
S. JOÃO/ITINERÁRIO DA NOITE – “O S. João
sofre de uma terrível doença que foi a expulsão das gentes do centro da cidade
para os bairros periféricos. Bem! Recordo-me de ir dar uma aula, aqui a um
colégio, e ter de ler um documento, assinado por um responsável da Câmara, que
referenciava o S. João como padroeiro da cidade do Porto. Ora, o S. João nunca
foi o padroeiro da cidade do Porto… a Vandoma é agora, o primeiro foi o S.
Vicente!
Quanto ao itinerário… ao roteiro, aconselho o
amigo, amiga, leitor(a), que venha aqui à minha beira, aqui à Fontinha, à
Fundação do Zé Rodrigues para ver uma cascata extraordinária. Como sabe,
durante muitos anos, fiz parte do júri do Concurso de Cascatas do Porto, e este
homem recebeu já um prémio e continua a fazer cascatas todos os anos. É uma
lindíssima cascata! Agora, há muitas cascatas na cidade, mas esta é a primeira
a ver. Depois… é ir por aí até aos “Leões” passando pela Rua dos Homens Casados. Versão oficial: Mártires da Liberdade. Pegar no alho-porro – por amor de Deus
não me venham lá com martelinhos! O alho-porro é para desejar a toda a gente
felicidade. Agora, com os martelinhos dá-se marteladas em qualquer lado!
Pronto. Já estamos nos “Leões”. Agora temos dois caminhos. Um, é ir até às
Fontainhas. Já agora, recordo-me que o dr Oliveira Salazar zangou-se connosco
porque dizíamos muitas maldades, sendo assim, proibiu o feriado sanjoanino como
também as iluminações públicas. Só que o Salazar não nos conhecia. Decretou,
mas lixou-se, porque os comerciantes abriram as luzes das montras e nós
andávamos com isqueiros toda a noite, mas debaixo de telha, porque eles eram
proibidos, mas sem problemas se fossem usados em casa (debaixo de telha) e
assim andávamos com um bocado de telha no bolso e com os respetivos isqueiros.
Depois das Fontainhas – e ainda relativamente ao itinerário da noite – descer a
calçada da Corticeira (quando eramos novos demorávamos mais tempo a descer a
rampa, porque havia lá ruínas de uma fábrica, que davam muito jeito para por lá
se descansar com umas pequenas) até à Ribeira. Aí, ver o Fogo e depois ter uma
noção do que é o movimento do Porto no dia da nossa democratização.”
S. JOÃO/GASTRONOMIA – “O nosso prato era e é o anho, que se comia e come na noite de
S. João, de tal maneira que as camionetas vinham vender os animais para junto
da ponte de D. Luiz. Apareciam carregadas de anhos vivos. Escolhíamos um ou
dois, eles matavam-nos, estripavam-nos e esfolavam-nos, deitando as “sobras” ao
rio. Depois, levávamos o anho para assar. Havia também as sardinhas que são uma maravilha assadas no forno. Quanto às sardinhas
assadas na brasa, elas só foram introduzidas no Porto por uma imitação do Sto.
António de Lisboa, numa altura em que não havia dinheiro para comprar anho.
Começamos, então, a comer a nossa sardinha de Matosinhos, isto tudo sempre bem
“regado”! Alguém come anho ou sardinhas bebendo água?! Não! E havia outra coisa
que era imprescindível: à meia-noite, o cafezinho
com pão barrado de manteiga. Na casa de um tio meu, que morava numa “ilha”, ali
na Praça da Alegria, ia sempre tomar o cafezinho, comer o pão com manteiga, e
levar duas “coroas” para ver a Cascata em Movimento nas Fontainhas, isto antes
de começar o Fogo, porque depois dele começar… não havia conversa!”
S. JOÃO/INSTITUIÇÃO – “A coisa mais estúpida que não se
fez, ao longo destes últimos anos, foi valorizar o S. João como festa autêntica
da cidade. As “farras” em Valencia (Espanha) comparadas com o nosso S. João são
uma brincadeirinha, no entanto, têm lá um milhão de pessoas, e nós, por cá,
continuamos a não saber propagandear o nosso S. João. E, hoje, isso era preciso
mais do que nunca. Se, neste momento, estamos com a corda no pescoço, a
precisar de dinheiro, a precisar de turistas e a precisar de movimento, não se
divulga a Festa porquê? O
presidente da Câmara devia arranjar um vereador só para o S. João. Só não
defende isto quem não for do Porto! Este S. João tem de ser, uma vez mais,
rapioqueiro, ainda que tenha desaparecido, de certa forma, a base da nossa
rapioca, que eram os bailes nos bairros e desses bailaricos partiam as rusgas.
Recordo-me que pagávamos dez tostões para dedicar um disco. Havia o
gira-discos, e eles antes de passar a música pelo altifalante, anunciavam a
dedicatória, tipo “O senhor fulano de tal dedica este disco à menina fulana de tal!”.
Dançava-se ao meio, para depois se tirar duas. Quando chegávamos, lá para a uma
hora, alguém dizia: “Vamos todos para as Fontainhas!”, e toda a gente pegava,
então, no que tinha à mão – testos, tachos, panelas, às vezes aparecia uma
viola ou um cavaquinho – e ia tudo em rusga cantando e brincando.”
MARIA DE
LOURDES DOS ANJOS
(Escritora)
“O S. João
do Porto, antigamente, tinha um outro sentido, era uma noite de liberdade e sem
exageros. A uma menina tudo parecia mal. Mas era, realmente, e apesar de tudo,
uma noite de liberdade, Toda a cidade tinha um cheiro especial. O povo era povo
sem títulos ou brasões. O
alho-porro batia da mesma forma na cabeça do doutor, como na do operário. Era
uma noite diferente; uma noite de liberdade sem libertinagem! Havia polícia?
Havia! Os piores deles eram os sem-farda, e que faziam uma ronda muda… nunca
cega! Pelo contrário: com os olhos muito mais abertos, porque eles sentiam que
o povo era “perigoso”. Eles sentiam que, naquela noite, não éramos um rebanho
com medo do cajado do pastor e, muito menos, com um cão atrás de nós a não
deixar-nos virar para a esquerda ou para a direita.”
S. JOÃO/RECORDAÇÕES – “Recordo-me com saudade, do cheiro a pão quente
à meia noite e ao café que a minha mãe fazia na… cafeteira. Era uma mistura de
café e cevada que se fazia, pelo menos em casa dos meus pais, e depois, como
tinha na minha rua (Bonfim) duas grandes padarias – uma a da “Sta. Clara” e a
outra a “Padaria Industrial” onde hoje é a “Vidraria Carvalho” – aí havia uma
paragem do elétrico, onde se “despejava” toda a gente. Portanto, muitos
daqueles que vinham pendurados – alguns dos quais sem pagar bilhete – aí saiam,
com as padarias a, constantemente, fazer fornadas de moletes… de pão. Então, o
povo vinha a comer o pão rua abaixo e, muitas vezes, sentavam-se pelo passeio
fora – alguns deles traziam café. Outra das vezes, fazia-se uma coisa mais
engraçada: como por ali havia bastantes “ilhas” (havia, como há, o Bairro
Higiénico”, o da Miquinhas do Esgaziado” entre outras), então aquela gente
punha-se cá fora a fazer café no fogareiro e todos tomavam-no, para depois
rumarem às Fontainhas. Antes, porém, de lá chegarem, as pessoas iam para um
bairro perto do Colégio dos Órfãos – do Bloco – onde havia sempre um
conjunto musical a tocar, onde se juntava montes de gente. Depois, na Praça da Alegria é que era a festa
completa! Ah! No Bonfim ainda havia um sítio muito especial, que era as
Eirinhas, por detrás da Igreja, assim como as ilhas que havia no Godim. Nesses
sítios toda a gente festejava o S. João. E a malta ia por aí fora com testos,
tachos, panelas e até vassouras com balões pendurados… toda a gente cantava e
dançava. Para uma mulher, o S.
João era complicado! Para o S.
João, quando jovem, sempre fui com os meus pais, nunca fui sozinha. E mesmo
poucos meses antes de me casar, não havia cá tretas! Conto-lhe uma coisa
engraçada: dias antes do S. João tinha ido comprar umas louças de barro às
Fontainhas. Vinha a subir o Bonfim, e o meu marido pôs-me a mão no ombro. O meu
pai, que estava à porta à minha espera, perguntou-me de imediato: “O Carlos
anda manco?”. Eu respondi: “Porquê”. E o meu pai: “Porque ele vinha a fazer de
ti bengala!”. Está a ver?! Já para os rapazes o S. João era, na realidade, uma
noite de liberdade, porque as mocinhas que estavam a servir no Porto, algumas
delas muito bonitas, pediam às patroas para sair e depois… juntavam-se. E eles,
como eram gajos finos, enfim! Há muita gente que nasceu nove meses depois do
S.João!”
S. JOÃO /GASTRONOMIA – “É o anho no dia de S. João, e, na
véspera, as sardinhas assadas, com a broa quente e o caldo verde Também se
fazia bastante o Cozido à Portuguesa, porque havia pessoas que não gostavam de
anho. No meu tempo, havia uma coisa que detestava: onde é agora o bairro social
de Fernão de Magalhães, muitos negociantes de gado, iam para lá vender o
carneiro e lá o matavam. Lembro-me, perfeitamente, de os meus pais
perguntarem-se quando aquilo seria proibido. Eles vinham com carros de bois
carregados de carneiros pequeninos; soltavam ali os bichos; as pessoas iam e
escolhiam o animal e eles matavam-nos à frente de toda a gente.”
S. JOÃO /ITINERÁRIO DA NOITE – “Sair do Bonfim, ir ao Padrão,
descer a Rua Formosa, passar pela Câmara do Porto – sempre fui avessa à
Ribeira. A Ribeira só agora é que é moda, com um palco onde estão as meninas
meias vestidas meias por vestir -, depois uma passagem pela Estação de S. Bento
e desaguar perto das Fontainhas. Não íamos lá abaixo porque havia muita gente…
muito aperto! Ainda íamos até S. Lázaro, onde uma banda tocava e gente dançava.
Lembro-me de na esquina da rua das Fontainhas haver uma tasca cheia de gente,
onde faziam os “batismos” e depois pela Avenida Rodrigues de Freitas até ao
Largo Soares dos Reis, onde se formavam muitos grupos de rusgas. As rusgas eram uma coisa fantástica! Na altura não havia a dispersão da
Boavista. Agora vai tudo para a Foz, para tudo ir dormir para a areia. Não
havia disso! Era o bailarico das Fontainhas. Juntava-se tudo muito pelas ilhas.
E depois, as cascatas … coisa lindíssima! As cascatas à porta das ilhas, com os
miúdos a pedir pela rua “um tostãozinho para o S. João”. Uma delas era muito
bonita e estava no quartel dos Bombeiros
Voluntários Portuenses, na Rua de Fernandes Tomás. No dia de S. João é que
íamos às Fontainhas comer farturas, andar nos carrocéis e comprar louça de
barro. Na noite não, a confusão era muita e muitos eram também os
carteiristas.”
S. JOÃO/ ATUAL – “Há algum tempo que o S. João não me diz muito…
também já não tenho grande força nas “canetas”. Gosto de ir ver o S. João de
longe, mas não acho graça nenhuma aos palcos da TV para as meninas dançarem e
cantarem as coisas mais rafeiras que há. Acho que começa a faltar o espírito
solidário das pessoas. Delas fazerem a sua festa para nós fazermos a nossa festa.
Era a largada dos balões, e havia outra coisa: nós, no Bonfim – não tenho ideia
de ver isso noutras ruas da cidade -, como sabíamos que aquela gente das
“ilhas” era muito vaidosa, enfeitávamos
as varandas com balões. Havia uns balões que levavam uma velinha dentro, e nós
lá por casa, enfeitávamos a varanda com uns fios elétricos e umas lampadazinhas
pequenas que se compravam num eletricista da rua. Esses balões, que pareciam
umas harmónicas, eram colocados de casa para casa”.
Testemunhos na primeira pessoa
do singular, com muitos a comprová-lo no plural Agora?! Agora, é só sair à rua
e desfrutar de uma festa ímpar no mundo!
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