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terça-feira, 11 de junho de 2013


FESTAS DE LISBOA/2013
MARCHAS POPULARES DERAM ESPETÁCULO NO PAVILHÃO MEO ARENA DURANTES TRES NOITES

Foram três noites de grande entrega por parte da Marchas Populares de Lisboa que se exibiram no Pavilhão Meo Arena (antigo pavilhão Atlântico). Com as bancadas repletas de muito público e até com direito a claques/torcidas de cada bairro que puxaram pelas suas marchas aos gritos de “Ié, Ié, Ié, a nossa marcha é que é” e “A nossa marcha é linda”, assim decorreram as apresentações das marchas populares de Lisboa. Entre os marchantes, o ambiente também foi festivo, pois todos queriam demonstrar o trabalho final depois de três meses de ensaios. As primeiras exibições das marchas foram realizadas durante três noites nos dias 7, 8 e 9 de Junho de 2013 e contaram para atribuição de notas que depois serão adicionadas a segunda votação quando as mesmas voltarem a se exibir na Avenida da Liberdade na noite de Santo António (dia 12), em Lisboa.


RESUMO DA ATUAÇÃO DAS MARCHAS NO PAVILHÃO MEO ARENA

DIA 7/JUNHO (SEXTA-FEIRA)
MARCHAS POPULARES AQUECERAM O MEO ARENA NA PRIMEIRA NOITE DE EXIBIÇÕES

Começou nesta noite a grande festa das marchas populares de Lisboa. Em noite de jogo da seleção, o jogo foi outro no Meo Arena (antigo Pavilhão Atlântico), também cheio e a vibrar como o Estádio da Luz.
Aos gritos de "Ié, Ié, Ié" e "A Marcha é Linda", as claques dos bairros puxaram pelas suas equipas. Nesta primeira das três noites de apresentações, entraram em campo as marchas de Belém, Ajuda, Benfica (que está de regresso à competição), Beato, Castelo e Marvila. A abrir, como sempre, estiveram as crianças da Marcha Infantil Voz do Operário.

MARCHA INFANTIL VOZ DO OPERÁRIO
Uma chuva de palmas do muito público presente recebeu as crianças da Voz do Operário. Participaram extra-concurso e foram uma das marchas mais acarinhadas. Este ano, os pequenos marchantes desfilaram sob o signo da água, evocando profissões de antigamente em Lisboa. Vestidos de aguadeiros, os rapazes foram de barril ao ombro; vestidas de varinas, as raparigas levaram canastas e sardinhas.
MARCHA DE BELÉM
A marcha de Belém entrou em campo de azul, branco e rosa vestida, levando como tema "Belém, cais de partida". Foi de Belém que Portugal deu novos mundos ao mundo e é isso mesmo que a marcha mostrou, recriando a partida dos marinheiros e com ninfas do Tejo e chorar.
MARCHA DA AJUDA
De capote e espada, a marcha da Ajuda apresentou o tema "A história do Marquês de Pombal", evocando a vida palaciana do século XVIII e as lutas dos capotes brancos (guarda pessoal do Marquês de Pombal) contra os capotes pretos (guarda do primo do rei).
MARCHA DE BENFICA
A marcha de Benfica, regressou à competição, com os padrinhos a entrarem de carroça! As tradições rurais voltaram a estar em destaque, com carroceiros de cartola e mulheres do campo vestidas para a festa.
MARCHA DO BEATO
O Beato entrou a cantar "Cheira bem, cheira a Lisboa", com os arcos retratando as bancas de mercado. A marcha mostrou as tradições do bairro, com especial destaque para os mercados. Tudo se desenrolou num ambiente de arraial popular, com vendas, namoricos e muitas piscadelas de olhos.
MARCHA DO CASTELO
A marcha do Castelo entrou em cena com o tema “Lavadeiras e soldados enamorados”. De vermelho e dourado vestida, a marcha evocou os soldados que outrora defenderam o Castelo e as lavadeiras do bairro. Nos arcos, ameias e corações apaixonados.
MARCHA DE MARVILA
Coube a este bairro da parte oriental de Lisboa encerrar a primeira noite de marchas. Com o tema “Carrossel de fantasia”, os marchantes com máscaras douradas evocaram o antigo carrossel do bairro chinês, palco de muita brincadeira.


DIA 8/JUNHO (SÁBADO)
MARCHAS POPULARES DERAM ESPETÁCULO NA SEGUNDA NOITE DE EXIBIÇÕES

A grande festa das marchas populares de Lisboa voltou a aquecer o Meo Arena (antigo Pavilhão Atlântico), na segunda noite de exibições. No sábado passado, as marchas que se apresentaram a concurso arrastaram atrás de si claques numerosas que nunca se cansaram de cantar e puxar pelos seus. E como manda a tradição, os gritos de "Ié, Ié, Ié" e "A nossa marcha é linda", voltaram a ecoar nas bancadas.

MARCHA DOS MERCADOS
Foram os primeiros a entrar no Meo Arena. Participaram extra concurso, mas a garra é de quem luta pelos lugares cimeiros. Com o tema "Quem me acaba o resto", os comerciantes marchantes retrataram o dia a dia dos mercados de Lisboa.
MARCHA DA PENHA DE FRANÇA
Com o tema "As Luzes de Lisboa", a marcha recriou a antiga procissão do Ferrolho, que terminou em grande alegria na tasca do Ferrugento. Mostrou ainda os vitrais das igrejas e os típicos candeeiros de Lisboa.
MARCHA DE CARNIDE
De prata e vermelho vestida, a marcha apresentou o tema "Cem anos a criar Teatro". O Teatro de Carnide/Sociedade Dramática comemorou o seu centenário e a marcha prestou a devida homenagem.
MARCHA DE SÃO VICENTE
"São Vicente pintado a azulejo" foi o tema. Vestida de azul e branco, a marcha apresentou criadinhas e fidalgos, acendendo com as suas vozes a chama que tornou os bravos imortais.
MARCHA DA MOURARIA
"Mouraria, escola de fado" é o tema. Bairro fadista, a Mouraria retomou a tradição, entre xailes e guitarras. A marcha recuperou uma letra de 1968 e fez uma alusão à sua escola de fado. Os marchantes vieram trajados com vestidos de vermelho, preto e branco.
MARCHA DE SANTA ENGRÁCIA
Vestida de vermelho e ouro, a marcha apresentou o tema "Santa Engrácia, mascarada de sedução". Evocou os antigos bailes da corte, com muito brilho nos arcos e figurinos.
MARCHA DE ALCÂNTARA
De verde e branco, os marchantes foram recebidos por uma claque vibrante. Com o tema "Lisboa alfacinha, com Alcântara no coração",  a marcha fez uma homenagem à cidade, mostrando vários monumentos, o fado, quiosques e varandas.
MARCHA DE ALFAMA
"Al Hamma, gentes de trabalho" é o tema que Alfama apresentou. Vestida de verde, azul e branco, evocou as suas raízes árabes. Mas também mostrou antigas profissões, com lavadeiras e aguadeiros. Os arcos foram volumosos, mas leves.


DIA 9/JUNHO (DOMINGO)
MARCHAS DISSERAM ADEUS AO PAVILHÃO COM PROMESSAS PARA A AVENIDA

Foi com casa cheia e festa rija que as marchas populares de Lisboa de despediram do Meo Arena (antigo Pavilhão Atlântico).
Como sempre, um público vibrante e cheio de garra, aos gritos de “Ié, Ié, Ié” e “A nossa marcha é linda”,  incentivou os marchantes. “Vamos ser novamente campeões. O Alto do Pina é que é”, disse Palmira Lucas, 47 anos. Ao lado, Maria João, 40 anos, puxou pelo Bairro Alto: “Somos os melhores; nós é que vamos ganhar”.
Entre os marchantes, imperou a alegria. E mesmo antes de entrarem no pavilhão, já perspetivavam o desfile na avenida: “Vamos arrasar”, prometeu Vanda Bettencourt, 36 anos, que desfila desde os 12 pela Madragoa. “É uma alegria desfilar pelo meu bairro. Descer a avenida nas marchas é algo que se deve fazer pelo menos uma vez na vida”, relata Inês Viegas, 19 anos, dos Olivais.

MARCHA DA MADRAGOA
Com  o tema “Madragoa na faina dos novos mundos”, abriram a última noite de exibições. Pescadores e varinas evocaram as tradições do bairro. E como sempre, marcharam descalços e dançaram o vira. O mar esteve sempre presente: desde o rei Neptuno aos peixes e medusas.
MARCHA DOS OLIVAIS
A cor dominante foi o laranja. A marcha apresentou o tema “Lisboa, a ti se confessa”, numa homenagem ao seu padrinho, António Calvário. Na memória de todos, ainda está bem vivo o tema “Oração”. E é em estreia absoluta nas marchas que os Olivais apresentaram a madrinha Madalena Iglésias.
MARCHA DO LUMIAR
Lumiar desfilou com muita cor e movimento, ou não fosse o tema “Lisboa e as sete colinas emolduradas pelo arco-íris”. De regresso à competição, encheu de cor o desfile.
MARCHA DA GRAÇA
A Graça entrou cheia de “graça”. O tema é “Graça, trono de Lisboa”, Eles foram de acendedores de candeeiros e elas de vendedoras de flores. Numa das marcações, a marcha recriou a Procissão do Senhor dos Passos da Graça, considerada a mais antiga do País (teve início em 1787).
MARCHA DA BICA
Com fatos dourados, os marchantes da Bica apresentaram o tema “O nosso rio é de ouro, mas o peixe é de prata”. Os arcos mostraram antigos galeões. Uma curiosidade: os corações dourados, a fazer lembrar a filigrana, foram feitos com esfregões da loiça. O resultado encheu o olho.
MARCHA DO ALTO DO PINA
Uma claque vibrante recebeu a marcha do Alto do Pina, que tentará defender o título com o tema “A chegada dos portugueses à China”. Mostrou o encontro entre o Ocidente e o Oriente, com arraiais e dança do dragão.
MARCHA DO BAIRRO ALTO
É com esta marcha terminou a última noite de exibições. “Bairro Alto quinhentista, do jornal e do artista” foi o tema. Evocou a Lisboa do tempo de Eça de Queiroz e as tertúlias literárias. A tradição dos jornais esteve patente num acessório em forma de tipografia.

Terminadas as exibições no Meo Arena, é agora tempo das marchas afinarem os pormenores para o grande desfile na Avenida da Liberdade, na noite de 12 para 13 (Noite de Santo António).

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