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segunda-feira, 15 de junho de 2015


LISBOA
"PROCISSÃO DE SANTO ANTÓNIO"
SAUDAÇÃO NAS RUAS DE ALFAMA


Devoção e ritual voltaram a juntar milhares de peregrinos numa das mais deslumbrantes procissões de Lisboa, no dia em que é homenageado o santo mais emblemático da cidade, 13 de junho. Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal, vários vereadores da autarquia e o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho, acompanharam o cortejo presidido pelo reitor do santuário, o franciscano frei Armindo.
Muito antes da hora marcada já a zona circundante da igreja de Santo António, junto à Sé de Lisboa, se apinhava de gente; à espera do andor estava um jipe do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, um corpo da Polícia Municipal, a banda musical “Cavalinho 7 Colinas”, escuteiros e membros da Ordem Franciscana Secular. A procissão contou ainda com crianças da Obra de Caneças e Santo António e várias organizações religiosas como as Irmãs de Calcutá. 



ORAÇÃO, DEVOÇÃO E PALMAS
“Santo António Rogai por nós” ouviu-se pela voz de frei Armindo durante o percurso de hora e meia pelas ruas de Alfama, um percurso singular que à passagem por vários locais engrossava o cortejo com outras imagens: o Pálio e a Relíquia na Sé, as imagens de S. João da Praça, São Miguel e Santo Estevão nas ruas com os seus nomes, a de São Vicente na Rua das Escolas Gerais e a de Santiago no Largo de Santa Luzia.
Nas mesmas ruas onde, não muitas horas antes, se tinha vivido a folia dos arraiais respirava-se agora devoção, oração e ritual. E palmas, muitas palmas para o “Santo Casamenteiro”, divididas por vezes com Fernando Medina e algumas afirmações entre as gentes que enchiam por completo os passeios: “olha, aquele é o novo presidente da Câmara”; “vai ali o Fernando Medina, é o presidente da Câmara”. 
Na chegada à Sé as colchas enfeitavam as janelas e sobre o santo caíram flores. E enquanto os sinos repicavam, mais palmas, muitas, misturadas com a emoção rasgada nos muitos rostos que dificilmente cabiam na praça para o curto momento de silêncio que se seguiu, pedido por frei Armindo para “um obrigado e a súplica ao coração de Santo António de Lisboa”.



O SANTO DOS POBRES
Coube a D. José Carballo, arcebispo espanhol franciscano, proferir uma mensagem.” Paz e bem” é o principal desejo do atual secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano, que lembrou Santo António como “o santo dos pobres, que está perto daqueles que passam necessidades”.
Antes de Santo António voltar à sua igreja tempo ainda para o cântico de Ação de Graças pelo grupo coral de Geraldes, Peniche, e a bênção com a Relíquia pelo Bispo Auxiliar de Lisboa, D. José Traquina, que afirmou o padroeiro como “uma inspiração para comunicar”, um franciscano que “teve uma vida densa na verdade”.
No final, recolhida a imagem ao seu altar na igreja construída onde nasceu Fernando de Bulhões em 1195, o homem que mais tarde havia de se tornar frei e assumir o nome de António, Fernando Medina ainda cortou o bolo do 3.º aniversário da Confraria do Pão de Santo António.

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